29/09/2012

Para lá do espelho #A sequela

No quinta-feira tive um jantar onde me foi recordada, com saudosismo, esta minha rubrica. Ora pois que na verdade, apesar de já ter abandonado o reino de Para lá do Espelho há cerca de 4 meses, continuei, por motivos que passo a explicar, a ter de prestar atenção ao que por lá se passava. Então foi assim. No inicio de Junho abandonei, como bem sabem, aquele reino de gente doida e malvada. No entanto, como é bem sabido por todos, está estabelecido na Lei dos Reinos que súbdito que abandone um reino com justa causa (e mesmo sem ela) tem direito a receber uma bolsa de moedas do reino, de peso variável a calcular consoante diversos factores. Mas pois que o Rei Malvado não recebeu o epíteto por dá cá aquela palha, portanto, bolsa de moedas nem vê-la! Lá tive eu de recorrer aos serviços de um advogado, letrado nos meandros dos decretos da Lei dos Reinos. Depois de explicar, ou tentar explicar, ao advogado como é que as coisas (não) funcionavam no reino de Para lá do Espelho delineá-mos a nossa estratégia. Fazer um pedido de insolvência do reino uma vez que, apesar dos benefícios óbvios que retiraria dessa acção, o Rei Malvado que para além de malvado é doido varrido, não quer, por nada deste mundo, encerrar o seu reino. E foi a melhor estratégia possível. Primeiro porque os tribunais que tratam desses processos não encerram para férias, logo a coisa foi despachada em pouco tempo (entenda-se "pouco tempo" por "menos tempo que no tribunal do trabalho"), segundo porque após ser notificado por arauto do tribunal o Rei Malvado teria apenas 15 dias para fazer fosse o que fosse das várias hipóteses que tinha. E o que sucedeu quando o Rei Malvado foi notificado, perguntam vocês? Pois que ficou histérico. Chamou os advogados do reino e pediu ajuda. Deram-lhe duas hipóteses, igualmente previstas na Lei dos Reinos: ou deduzir oposição ou chegar a um acordo. Mas deduzir oposição já sabíamos nós, o meu advogado e eu, que lhe era impossível. Da lista de 300 (ok, 20 e picos...) coisas que ele tinha de conseguir provar para deduzir oposição (maior parte passava por provar que não tinha dívidas... coisa que ele tem e não são poucas) a única que ele conseguia efectivamente provar era que não tinha abandonado o reino. Vai então que a opção que restava era, a por nós desejada, chegar a um acordo. E pronto, acordo feito, resta-me esperar que o Rei Malvado o cumpra integralmente até ao fim, senão da próxima o reino de Para lá do Espelho vai mesmo ao charco. E no meio disto tudo onde anda a Bruxa Má, essa personagem maléfica (mas não muito esperta)? Ah pois, ela já andou a fazer das suas! Mas isso fica para um outro post que agora tenho de ir almoçar à sogra e toda a gente sabe que chegar atrasada à sogra é o primeiro prego no caixão da relação! (estou a brincar, é um amor de sogra...)

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