Hoje fui a uma entrevista de emprego. Correu mesmo bem, tão bem como só as entrevistas de emprego nas quais não estamos minimamente interessados correm! Ora bem, eu não estou propriamente à procura de emprego, eu vou criar o meu emprego (isto assim dito parece bem mais espectacular do que realmente é!) mas, como neste meio termo estou a auferir do subsidio de desemprego tenho de fazer "procura activa de emprego" que, no caso do centro de emprego de Gaia, se resume a enviar uma candidatura por semana. Na verdade, eu poderia ter cancelado esta obrigatoriedade a partir do momento que entreguei os papeis de candidatura do meu projecto de emprego ao programa de crédito Microinvest, mas isso envolveria uma visita ao centro de emprego, que é perfeitamente evitável. É bem mais confortável enviar um email por semana com uma candidatura espontânea. Ora bem, vai que não é que uma das empresas escolhidas nesta lotaria das candidaturas espontâneas se encontra efectivamente em processo de recrutamento? E à procura de engenheiros civis? E já agora se tiver experiência em hidráulica ainda melhor e então se se desenmerdarem na língua alemã é que era? Pois bem, fui chamada a uma entrevista. E lá fui. E correu espectacularmente bem. Se eu fosse o recrutador contratava-me (modéstia à parte)! O meu plano era demonstrar indiferença, mas frente a frente com o senhor-tão-simpático-director-da-parte-técnica acabei por não conseguir. Também não me demonstrei super interessada e entusiasmada, longe de mim, até porque a posição não é propriamente de sonho. Enfim, atirei um salário mais elevado do que aquilo que suponho que eles estejam disponíveis para pagar que é para ver se fico retida no filtro.Podia não ter ido à entrevista mas não sei até que ponto é que isso é viável em termos do meu estatuto de desempregada. Se eu estivesse efectiva e desesperadamente à procura isto não teria acontecido.
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