28/07/2012

Casórios

E cá vou eu para mais um casório. Eu que não gosto de casórios, mas assim mesmo nada, arranjo maneira de ter pelo menos sempre um por ano. Desgraça. Desejo naturalmente as maiores felicidades a todas as pessoas que decidem assinar um contrato entre si, assim a jeito de criação de empresa em sociedade bipartida. Olha, se calhar um dia destes sou eu a fazer isto (a criação de empresa em sociedade bipartida, entenda-se), e com o um dos meus melhores amigos, deixando o meu namorado de fora. Weird stuff. Será que também deveríamos fazer uma festa, alugar uma quinta, enfardar burros, soltar foguetes e afins? Guess not. Mas num casamento celebra-se o amor (!) e yarayarayara e então há que fazer essas cenas todas e "ah tens mesmo de vir!" como se no meio de 5000 pessoas alguém desse pela minha falta, please! Mas pronto, cá estou eu penteadíssima (e convencer a cabeleireira de que a laca é uma ferramenta desnecessária?), de mão e pé arranjado (!), unha pintada (!!) e a caminho de ir ser maquiada por uma amiga (!!!). Sim porque eu para além de não ter nem guaches, nem lápis de cor nem pózinhos coloridos de prelimpimpim, pintar só mesmo no papel. Mas vamos ver o ponto positivo de tudo isto! Pelo menos consigo ir aos casórios todos com o mesmo vestido. Coisa bem amortizada, hein? E as únicas pessoas que lhe botaram os olhos em cima mais do que uma vez (duas, mais concretamente) foram os noivos de um dos casamentos que foram convidados de outro. Bem, que o vinho seja bom e felicidades aos sóc... ups, noivos!

20/07/2012

Tese, a interminável

Eu sabia que eventualmente ia chegar o dia em que eu já não poderia ver a minha tese à frente. E é uma chatice porque tenho mesmo de a acabar, e rapidinho. Estou a 2-3(4?) semanas de entregar o primeiro draft ao meu orientador e de me ver momentaneamente livre disto enquanto ele aplica o lápis azul ao meu trabalho. Preciso desesperadamente desse intervalo mas até lá ainda tenho muito que penar. E ao mesmo tempo, muitas ideais na cabeça que não me deixam sossegada. E chegou também o momento em que as dúvidas me assaltam. Mas será que isto vale alguma coisa? Será que estou a fazer isto em condições? Será, será, será? Afinal acho que, apesar de farta disto, ainda me falta um bocadinho para chegar ao ponto em que me estou a cagar e quero é acabar. Raios.

18/07/2012

La Passion!

O Botasky vai ao cepo amanhã de manhã, pobre pimpolho. Em homenagem aos seus tomatinhos soon-to-be-gone deixamos aqui um testemunho de todo o fulgor sensual do nosso D. Juan!


16/07/2012

14/07/2012

Carreira com asas (Londres #1)

Para a nossa viagem para Londres optámos pela companhia Ryanair (basicamente por ter o preço mais baixo para aquele período). E para quem já viajou com eles sabe que aquilo se assemelha a um autocarro voador: montes de gente com sacos de plástico, com malas de cabine maiores do que o devido, a falar muito alto, e achar muita graça a tudo.
Para minha tristeza, sentou-se uma dessas personagens ao meu lado (a Engenheira estava numa janela, portanto quem gramou a pastilha fui eu).
Já estava o avião composto, toda a gente sentada, e os comissário a ver se estava tudo em ordem. Do meu lado esquerdo, um lugar vazio. Claro que a felicidade não durou. Chegou um homenzinho de meia-idade a correr esbaforido, a dizer impropérios, e senta-se ao meu lado. Consigo trazia um saco de desporto, e o inevitável saco de plástico com um embrulho enorme. Como que por arte mágicas, consegue enfiar tudo debaixo do banco da frente. Nesta operação, já estava a falar comigo com a maior naturalidade: "esta merda é tipo autocarro! Só que pior! Mas é isso que safa um gajo! Se fosse noutra qualquer não me deixavam entrar com tanta tralha, mas aqui 'tão-se mais a cagar." E foi neste registo que o homem continuou... A VIAGEM TODA! Não se calou durante um segundo! Literalmente!
Claro que fiquei a saber a vida toda dele: trabalha no aeroporto de Heathrow como lava-pratos há já 9 anos. E não fala UMA palavra de inglês. Continuo a achar esse fenómeno formidável. Como é possível que viva num país diferente, com outra língua, e não aprenda NADA?! Mesmo morando numa espécie de comuna portuguesa, e trabalhando com portugueses? Mas por outro lado ele também não fica muito ralado que não o percebam. Ele fala na mesma! Tal como disse "se fossem franceses ou alemães, falava convosco na mesma!". Não duvido.
A dada altura apanha a conversa de outros passageiros "A Mártah?! A Mártah é uma pútah!". E o meu companheiro prenda-me com o seguinte comentário: "Hahahaha! Elas também são do norte! Falam como eu!" (elas, três jovens, eram o projecto de sopeironas).
Estava-me a mostrar cicatrizes de guerra, e a tatuagem dos comandos quando aterrámos.
Admito que ainda me ri um bocado com o sujeito (sim, falou comigo tanto tempo mas nunca se preocupou em dizer o nome), mas a verdade é que estava cansado, e foi um frete mais ou menos...
Seja como for, já estou acostumado. A pessoa mais chata de um grupo é SEMPRE comigo que vem ter... Essa é a minha sina...
Porquê?...

13/07/2012

Londres

Londres... Once again...

Entre mim e a Engenheira já lá fomos perto de uma vintena de vezes. Como tal, já vimos tudo o que turista tem para ver.
No entanto, o que nos levou lá desta vez não foi o turismo, mas sim uma expo de emprego internacional. (Para os mais desatentos, estamos com ganas de nos pôr daqui para fora) :P
A feira correu muito bem, e entre seminários e stands de empresas saímos de lá com uma porrada de contactos promissores. Missão cumprida!
Sobrou tempo. O que fazer numa cidade que já não é nova? Resposta: o que os habitantes de lá fazem - ir a tascos algo dúbios tomar o pequeno-almoço, frequentar pubs nocturnos com chão luminoso e espelhos no tecto, jantar em restaurantes/balcões orientais, e participar dos eventos que estejam a ocorrer naquele momento: nomeadamente a Pride, e Wireless Fest no Hyde Park (se bem este só o vimos do lado de fora).
Foi uma viagem com bastante episódios, e como quero entrar em detalhes, vou fazendo posts para descrever cada um deles.
Aguardem! ;)



11/07/2012

Crónicas do Desemprego #4

Chego eu de Londres e tenho de ir, mais uma vez, ao centro de emprego reactivar o subsídio de desemprego que ficou temporariamente suspenso. Vou lá ontem, para despachar o assunto o mais rapidamente possível e o sistema estava "em baixo". Claro que estava. Aliás, admira-me é que das três outras vezes que lá fui estivesse a funcionar. Isso sim foi deveras improvável. "Volte amanhã". Pois claro. Lá voltei eu hoje. Por acaso não tive de esperar muito  nem de ir para lá de madrugada porque o serviço para que tive de ir desta vez avia as pessoas rapidinho. Sou atendida. "Estive ausente do país, cheguei ontem e vinha reactivar o subsídio de desemprego", "Ah! Mas sabe que primeiro tem de ir à segurança social para lhe fazerem a reactivação e só depois, passado dois dias é que nós aqui podemos emitir novamente a declaração para a apresentação quinzenal"! Oi? "Mas não foi essa a informação que me deram quando informei que me ia ausentar". Rebéubéu pardais ao ninho e a senhora foi extremamente simpática e mitrou os meus papeis às "colegas da segurança social" do centro de emprego que me resolveram a coisa em 3 minutos. Só que, como aparentemente o sistema informático da segurança social só transmite as mensagens ao sistema informático do centro de emprego passados dois dias, o sistema informático do centro de emprego ainda não permitia que se imprimisse a tal declaração para ir à junta. Resultado, segunda-feira lá estarei outra vez. De Londres falaremos em breve.

04/07/2012

Ai que stress!

Ai que isto de falar com os senhores da Nova Zelândia por telefone é um stress que ainda estou toda a tremer! Parece que o meu inglês se esfumou repentinamente com o toque do telefone e que passei a conversa a engasgar-me repetidamente. O Filósofo diz que não, mas ele só ouviu bocados... De qualquer maneira estou excitadíssima! O Joe pareceu-me 5*! Volto a falar com ele na próxima quarta-feira, vamos lá ver! E agora cama que amanha acordo as 4 da manhã para ir para Londres. Parada gay e feira de emprego, here I come!