30/06/2012

3 livros, 3 desilusões

Pois é. Finda a interminável (no bom sentido, ok?) saga da Dark Tower regressei a livros de tamanho pequeno (normal... vá!), optando por uma leitura mais simples. Para descansar, disse eu. Erro. Neste caso particular, claro. Então foi assim:

Primeiro livro lido:
Título em português: A minha vida com o Lama
Título original: Living with the Lama
Autor: Lobsang Rampa
Editora: (peço desculpa mas não sei, e como o livro era emprestado e já o devolvi não posso ir consultar)
Data da primeira edição: 1964

Opinião: A ideia do livro está engraçada. A vida, ou parte dela, vista pelos olhos de uma gata. O resultado nem por isso. Ou melhor, também não vou exagerar, é engraçadinho, vá! Lê-se. Mas falta qualquer coisa. Acabei o livro com a sensação de "mas é só isto?". Uma coisa que acho que não ajudou, confesso, foi o facto de eu ter lido uma edição brasileira de 1981. Se ler alguns livros em português já é mau, em brasileiro ainda pior. Ademais, aquilo era uma miscelânea de estilos. Se havia partes do livro em que as passagens era demasiado rápidas, ficava a sensação de que seria preciso ali mais qualquer coisinha, outras havia em que o autor se prendia com descrições desnecessárias. Outra coisa que detestei era o facto de estar sempre a repetir certas ideias. O leitor não é estúpido, ok? Percebe logo a coisa à primeira ou, quanto muito, à segunda!

Segundo livro lido:
Título original: Uma casa na escuridão
Autor: José Luís Peixoto
Editora: Quetzal
Data da primeira edição: 2002

Opinião: Matem-me! Ou então simplesmente proíbam-me de cair na estupidez de ler outro livro do Sr. Peixoto. Qualquer coisa. Isto foi excruciante. A única parte positiva foi o facto do livro só ter 253 páginas e o tamanho da letra ser enorme. E mesmo assim, ler 253 páginas de nada... digo-vos... é cansativo. É que não diz nada! Não tem principio, não tem meio, não tem fim. Tem 253 páginas de... coisas. Admito que haja gente a gostar deste tipo de livros em que se expressam ideias que não levam a lado nenhum. Aliás, de certeza que há muito boa gente a dizer que isto é uma metáfora para qualquer coisa grandiosa, existencialista, sei lá... assim um termo bonito qualquer. Pois se é, que até pode ser, passou-me ao lado. Sou demasiado insensível para metáforas rebuscadas. E assim sendo, odiei ler este livro. Ainda assim, parabéns ao senhor pelas suas repetições e aliterações, foi o que me impediu de morrer totalmente de tédio.

Terceiro livro lido:
Título em português: Laços que perduram
Título original: The Guardian (já começa bem por aqui!)
Autor: Nicholas Sparks (com um título destes não havia muitas hipóteses realmente...)
Data da primeira edição: 2003

Opinião: Não sei como é que caí na esparrela de me por a ler outro livro do Nicholas Sparks. Sim, porque se na primeira quem quer cai, na segunda só cai quem quer. Foi me emprestado com a descrição de que era diferente dos outros livros do Nicholas Sparks. Ora eu só tinha lido até ao momento um livro do Nicholas Sparks, apesar de no fim ter ficado com a impressão de que já conhecia toda a sua obra, e este - confirma-se - era igual. A mesma coisa. A senhora sozinha, coitadinha, muito infeliz, ai que ninguém me ama e ai que nenhum homem me serve depois daquele que foi O homem mas que partiu. Ai que afinal secalhar já há aqui um que serve, e que parva que eu sou que esteve sempre à minha frente e eu só agora é que reparei nele. Ai mas afinal um dos outros que não servia é maluco e anda atrás de mim, ai de mim que perigo que eu corro. Ah mas o outro que eu descobri tarde mas que ainda foi a tempo me vai ajudar a lidar com a situação. E aliás, vê-se logo que é o homem da minha vida porque o meu cão só gosta dele, rosna aos outros todos. Enfim. Já para não falar das personagens que mudam de opinião como quem muda de camisa e sem se perceber muito bem porquê. E, não satisfeitos com isto, os senhores da Editorial Presença ainda conseguem piorar o livro com uma tradução de meter medo! A sério, do pior que eu já li. Um exemplo, que para mal da minha já de si má experiência literária, não era caso único: "Agora fizeste-la bonita". FIZESTE-LA?! Pá, nada a acrescentar.

2 comentários:

  1. Não se pode dizer que essa do "fizeste-la" seja completamente ao lado... http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=13632

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  2. Peço desculpa se não especifiquei mas no livro este caso era singular. E este foi o que aqui referi mas houve mais do mesmo e doutros.

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