25/04/2012

Nicholas Sparks

Num momento de espera, a única coisa que tinha à mão era um livro de Niholas Sparks, e entre ver quem passa na rua, ou passar os olhos num romance, venha daí o livro.
Para quem não sabe, e duvido muito que alguém não saiba, o sr. Sparks é um romancista de sucesso indiscutível! Tudo o que homem escreve torna-se best-seller e, chances are, convertido em filme. De certeza que, mesmo nunca tendo lido um livro dele, já viram um filme baseado num romance qualquer do homem.
Sem dúvida que descobriu a fórmula do sucesso, e segue-a à risca. O tipo de escrita dele é muito ligeira, e carregado de clichés. Não é o tipo de leitura que mais aprecio, mas não censuro quem pegue num livro destes para " descansar" de leituras mais profundas ou mais complexas. Que diabos, eu também gosto de ver filmes ou ler livros idiotas de vez em quando!
Seja como for, lá comecei a ler o livro. Li cinco (5 - para que não haja dúvidas) páginas, e... Uau! A quantidade de clichés enfiados nestas cinco páginas é brutal! Eu passo a exemplificar: Prólogo - Noite de Natal. E começa com "Exactamente quarenta dias depois de ter pegado na mão do marido pela última vez(...)". Ok, é noite de Natal, e adivinha-se drama (toda a gente sabe que o Natal é a altura em que o drama pesa mais). Depois continua dizendo que a personagem (Julie) estava sentada defronte da janela a olhar as ruas calmas do sítio onde mora (como qualquer personagem deprimida de romance faria). "Estava frio (...) e a chuva batia docemente de encontro à vidraça", claro! "Julie pousou a mão na janela, sentindo a dureza fria do vidro contra pele." - momento clássico de romance Sparksiano. Entretanto dá uma ligeira descrição da Julie, e conta como ela ficou viúva aos 25 anos. E continua depois, com a chegada de uma encomenda misteriosa, com uma carta escrita pelo defunto marido que a emocionou muito, porque dizia que ele tinha planeado aquela encomenda já no leito da morte: era um cachorrinho, para lhe fazer companhia na solidão que ele sabia que se tornaria a vida da esposa após o seu desaparecimento. Claro que não era um cachorro qualquer: era o mais feio que ela tinha visto em toda a sua vida (oh brother... Parece um filme da Disney).
Foi aí que parei com a minha leitura. Aposto que que a Julie encontra outro amor, e que o cãozinho feio lhe vai salvar a vida de alguma forma. O livro é o "Laços que Perduram". Não sei se o vou ler ou não, porque tenho outros livros em lista de espera, mas de qualquer das formas, só com estas cinco páginas, sinto que já li uma dúzia de romances de Sparks! Decididamente, não é do que gosto mais.
Meh...

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