Hoje passei o dia a telefonar a pessoas que nem atendiam nem devolviam a chamada. Mas o dia mesmo todo! Estou com uma neura descomunal.
31/01/2013
28/01/2013
Casas e famílias
A família (alargada) tem uma casa. A família (alargada) nunca tratou do raio da casa. A casa está um nojo na minha humilde opinião. Para mim não é "frequentável". Tenho vergonha de levar lá os meus amigos. Levei lá O Sócio e expliquei-lhe a situação. Ele concordou comigo. Ele teve pesadelos com alguns dos móveis (monos...) daquela casa. Ele espantou-se pelo facto de alguém conseguir consumir comida que tenha estado no frigorífico que lá existe. Eu percebo-o. Ele espantou-se pelo facto de uma mesa metálica que lá existe ainda se conseguir manter em pé de tão corroída pela ferrugem que está. Eu percebo-o. É assim, a casa de férias na praia da minha família (alargada). Eu sou das poucas pessoas a pensar assim. As outras são os meus pais. O meu irmão acho que já se esqueceu de que aquilo existe. Mas a casa continua a ser frequentada e, como tal, há a opinião de que está bem assim. Sem qualquer tipo de obras ou de manutenção. Até que choveu lá dentro (bruxo...) e lá fomos eu e O Sócio (pobre coitado, sujeito a semelhante visão) ver o que se passava para dar um orçamento. Agora vai-se trocar o telhado. É um principio. Mas muito pequenino. Vai continuar a ser-me impossível de lá passar seja quanto tempo for sem ser por motivos profissionais. É pena. Já passei lá muitas férias e muito boas, gostava de repetir um dia. Mas acho improvável, pelo menos naquela casa.
25/01/2013
Momento comic-relief da defesa da tese
Já depois de eu fazer a minha apresentação, estávamos todos sentados nos devidos lugares e o arguente a falar. Fala, fala e a páginas tantas começa a dizer "porque o seu trabalho está muito bom e seria de todo interessante publicar uns artigos sobre isto...". Neste momento o meu orientador saca do artigo que já tínhamos publicado numa revista internacional e começa subtilmente a esticar o braço para o dar ao arguente enquanto diz a meia voz "Professor Vieira, já publicámos... em revista internacional, tem aqui para ver". Ao que eu, muito indignada, disparo um (e não foi a meia voz...) "mas esse artigo tem o seu nome!!!". Pronto, parte-se a sala toda a rir (que é como quem diz as três pessoas da assistência, o meu orientador, o presidente do jurí e eu), o homem fica vermelho que nem um pimento mas ri-se também, vá lá, não levou a mal, mas ainda olhou para o público para se certificar que não estaria lá ninguém de relevância que a coisa podia cair mal. Depois ainda meio encavacado lá diz enquanto se tosse todo "ah, bom, realmente... podia ter posto em anexo".
Isso e a cara dele(s) quando eu lhe respondi "porque não calhou" quando ele me pergunta porque é que eu não englobei a temática de planos de segurança da água (sobejamente estudada por ele...) na minha tese, foram os momentos priceless de ontem.
Pergunto-me como é que tive 18...
24/01/2013
Feito!
Cheguei. Esperei. Stressei. Respirei fundo. Apareceu o meu orientador. Fomos até ao anfiteatro. Apareceu o Professor Pinho. Pode começar a preparar-se, dizem. Reparo que não há computador. Ainda bem que O Filósofo levou o dele. Trouxe um cópia da sua tese, perguntam. Só em pdf. Eu empresto-lhe a minha, oferece-se o meu orientador. Nós vamos ali tomar café enquanto o Professor Vieira não chega, dizem e saem. Entra uma gaja na sala para assistir. Pergunta se pode. À vontade, mas já agora porquê? Vai defender a tese dela para a semana. Em conversa diz-me o teu júri é composto por 3 super gurus. Obrigada por me descansares. Chegam os ditos cujos. Sentamo-nos nos respectivos lugares. Começa o presidente do juri bla bla bla, agradecimentos bla bla bla, parabéns bla bla bla. É a minha vez. Respirar fundo. Comecei. Firme. Treinei bastante. Passou rápido. Acabou. Não agradeci a ninguém. Segundo O Filósofo é costume. Azarito. Também é costume levar uma cópia da tese e um computador e eu não levei. Volto a sentar-me. O grande guru começa com a arguencia, não sem antes fazer os agradecimentos bla bla bla. Aqueles que eu passei ao lado. Comecou bem. Elogiou o veementemente o meu trabalho. Respirei fundo. Depois foram 55 minutos de perguntas em jeito de diálogo. Passei o tempo a tremer. Acabou. Respirei fundo. Vez do meu orientador falar. Também agradeceu a toda a gente. Mas por que raio é que ninguém me avisou desta merda desta politiquice? Enfim. Portou-se bem. Fui super elogiada. Nas palavras dele fui brilhante (redimiu-se). Voltou para o presidente do juri. Teve a lata de me fazer mais perguntas depois de quase uma hora de arguencia. Depois convidou-me para fazer um doutoramento. É que é já! Pfff! Mandaram-nos sair. Saímos. Ficamos lá fora a conversar. Chamaram-nos. Tive 18. Beijinhos, abraços e parabéns e veja lá que tem aqui material para artigos. Sim, sim, adeus e até à próxima (ou não). Acabou.
23/01/2013
O drama, o horror, a apresentação #4
É já amanha. Daqui por menos de 24 horas estou livre disto. Acho que por muito mal que me corra e por muito má nota que tire nada vai bater o alívio que eu vou sentir de nunca mais ter de pensar nisto na vida! A sensação de capítulo encerrado vai ser fenomenal. Só que até lá os nervos levam a melhor. Por acaso achava que ia estar mais nervosa do que estou mas vamos esperar por logo à noite. Por via das dúvidas já desviei um drunfo do arsenal do meu pai, nunca se sabe se vai ser preciso. Quando fiz o lasik tive de tomar e foi a melhor coisinha que fiz. Logo já vejo se para isto também vai ser preciso. Amanhã já conto como foi!
21/01/2013
O drama, o horror, a apresentação #3
Ao fim de um dia a treinar a inominável concluo que poupava imenso tempo de apresentação se me engasgasse menos!
O drama, o horror, a apresentação #2
Ao segundo ensaio o tempo está no ponto certo 18 minutos e 45 segundos. Brilhante. Só é pena eu não conseguir dizer nem metade daquilo que achava que devia dizer!
20/01/2013
O drama, o horror, a apresentação #1
Isto era mais porreirinho se uma pessoa se pudesse sentar a ler (em jeito de declamação...) a apresentação em vez de estar a pé a falar de cor para o juri. Os tipos de filosofia fazem isto (nem vou comentar...). Porque é que nós não podemos?
Quem é vivo sempre aparece...
Odeio Janeiro. Visceralmente. É um mês comprido, cinzento, frio, molhado, em que não se passa nada a não ser a quebra de eventuais decisões de ano novo (já as evito por causa das coisas...) e a, também eventual, sensação de frustração que daí advém. Puta que pariu este mesinho mais deprimente. Ainda por cima, para juntar à festa este Janeiro em particular vou defender o raio da minha tese que nunca mais me desampara a loja. Ok, se virmos bem também vai ser o mês em que me vou ver livre disto de uma vez por todas, o que é positivo. Mas neste momento, pré-defesa-de-tese, a sensação de nervosismo de ter de ir apresentar esta porra é muito mais avassaladora do que o conhecimento de que vai acabar e nunca mais vou ter de pensar nisto na vida. Só de pensar já se me revolvem as entranhas. Ainda por cima, o cabrão do meu orientador, que me disse "pronto, faça a apresentação e mande-ma por email para eu dar uma vista de olhos e umas dicas" remeteu-se novamente ao silêncio, boi. Fiz eu a merda da apresentação em duas noites à pressa para dar tempo a sua excelência de ver a coisa e prestar a sua contribuição e nada! Pedi-lhe simpaticamente (isto por email é fácil de simular) que mexesse o cu porque eu precisava de rever e treinar aquilo durante o fim de semana porque depois sei lá o reboliço que vai ser durante a semana e bolha. Nem ai nem ui. Nem tese nem resposta nem nada. A sério. Vou ter de me controlar para não começar a lavar roupa suja na apresentação mas estou-lhe com um asco. Enfim! Entretanto que remédio tive eu senão cagar-lhe na cabeça e começar a preparar a apresentação tal como está. Pelo menos nestas minhas andanças tenho sempre companhia! Não falha! Merecia um agradecimento na tese (em vez do orientador que só pus porque O Filósofo e O Sócio praticamente me obrigaram...sim, sou uma pessoa rancorosa!).
Mais coisas, é já no dia 18 de Fevereiro que vou a tribunal como testemunha do Rei Malvado e da Bruxa Má. Sim, dos dois! Vai ser um festival! Eu não sei que raio os advogados destas duas personagens me vão perguntar mas se eu puder é paulada num e traulitada noutro. Senhores Advogados se estiverem a ler isto (duvido mas vai-se a ver e alguém conhece alguém que conhece alguém que lê isto...) um conselho: não me perguntem nada, deixem me assistir sossegada a esta comédia trágica. Entretanto mais duas pessoas, também ex-moradoras do Reino Para Lá do Espelho, me pediram para ser suas testemunhas em processos contra o Rei Malvado. Sim senhor, vamos lá, contra este senhor tenho eu muito a afirmar (desde que ao mesmo tempo não seja para safar a Bruxa Má das suas vilanias!). O meu pedido de insolvência do reino ainda anda lá perdido nos meandros do tribunal de insolvências mas acho que o Rei Malvado deve estar quase a ser notificado. Vamos lá ver o que vai dar desta vez. Em acordos já não entro mais... para ele me pagar a primeira prestação porque tem de ser para celebrar o contrato e depois cagar na coisa nem pensar. Agora, caro senhor Rei Malvado, ou é sim ou sopas. Ou me pagas ou podes dizer adeus ao Reino de Para Lá do Espelho de uma vez por todas.
E quanto à Melom Engenho? Vai bem obrigada. Ainda é um bebé mas está a crescer saudável. Ninguém precisa de obras? (se não faço publicidade aqui vou fazer onde?) Tem sido uma experiência muito interessante, sim senhor, com os seus stresses como é evidente que isto tá fodido minha gente!, mas vai-se conseguindo andar e isso é que interessa.
07/01/2013
Não é bem agora... mas também não é nunca...
Claro que não acabei a tese ontem. Claro que só se justifica ter dito aquilo por causa do boost de pica sob o qual me encontrava quando escrevi o post anterior. Claro que desaparecido esse boost só ficou o já habitual asco à dita cuja. Mas continuei a trabalhar e já só me falta rever e corrigir a conclusão. Conto mesmo acabar hoje ou amanhã, com mais pica ou sem ela. Não vai ser o melhor trabalho que já fiz mas, sinceramente, já só ter o raio do canudo.
05/01/2013
É agora ou nunca!
E pronto, voltei a pegar no raio da tese que até já andava a dormir mal por causa disso! Só de pensar nesta merda já ficava mal disposta. E então assim foi: hoje acordei às 7:30 da manhã com 5kg de gato em cima duma perna que já estava a ficar dormente e depois não estava a conseguir voltar a adormecer porque comecei a pensar nisto e a centrifugar com o assunto! Assim sendo, pimba!, levantei-me toda remelosa mas cheia de pica (ainda devia ser do sono...) e sentei-me em frente ao computador com uma atitude "foda-se que é agora!" digna de quem ainda farta de perder horas de sono com isto. E meu dito meu feito, já ultrapassei o drama no qual tinha parado e que me tinha irritado solenemente e agora siga para bingo. Claro, com uma nova atitude! A atitude do quero lá saber disto que já não posso ver isto à frente vamos mas é despachar para fechar o assunto duma vez por todas e nunca mais ter de pensar nisto (polvilhem a frase de palavrões e conseguirão uma versão aproximada do meu pensamento real...)! Em principio, ignorando uma boa dose das "sugestões de correção" do meu (arrggg...) orientador, amanhã acabo isto, durante a semana imprimo as versões provisórias, entrego em Braga via O Filósofo Express (ele vai lá todas as semanas...) e venha a apresentação. Para a qual me tou a cagar confesso... estou farta de académicos a fazerem-me perder o meu precioso tempinho. Venha o grau de mestre para botar no CV de uma vez por todas que a nota é perfeitamente secundária neste momento.
01/01/2013
E siga pra 2013
E pronto, 2012 foi com a santa! Como todos os outros antes e como os próximos que virão. Entretanto assim chegou o ano do terror fiscal e vamos lá ver como corre, à fome não se há de morrer (quanto mais não seja Os Pais não deixam)! Ninguém quer fazer umas obrinhas para isto começar já a correr bem? Mas voltando atrás, este 2012 foi um ano peculiar. Primeiro, O Filósofo veio de armas e bagagens (isto inclui Lego Star Wars aos caixotes) aqui para casa, depois adotei dois gatos que me dão cabo do juízo mas que já não consigo viver com eles, mais tarde enchi-me de coragem e despedi-me de uma puta vez e fui para o fundo de desemprego pela primeira vez na minha vida (durante 3 meses mais coisa menos coisa, até que nem me soube nada mal!), depois equacionei ir eu com a santa daqui para fora mas acabei por ficar e criar a minha própria empresa com O Sócio e ser completamente chulada por um estado que ao empreendedorismo só tece louvores, mas aplicar apoios é que 'tá queto! E agora vamos ver no que isto dá. Este ano não há cá merdas de decisões de ano novo. As do ano passado foram todas pró galheiro (incluindo beber um litro de água durante o dia! como justificação, a ideia não foi minha, sou simplesmente uma pessoa influenciável e que tinha pouco para fazer na altura portanto tinha de me entreter com estas coisas...). A única que mantive até hoje foi deixar de fumar (no dia a dia!) e não foi bem de ano novo, foi mais dia 3 de Janeiro (de 2011, dois anos, fuck yeah!). De 2013 só quero que a coisa corra bem a nível pessoal e profissional, sem luxos que também nem é preciso nem a coisa está para isso!, ah, e já agora peço também o menor número de casamentos possível! Obrigadinhos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)