Ainda relativamente à conferência na Croácia: o meu orientador, porreiro que só ele, ofereceu-se para me pagar os custos da coisa, do bolso dele entenda-se. Mas aquilo é tão caro que nem pensar! Até eu, assumidamente interesseira, me ia sentir mal! Tinha de ir de avião Porto - Drubovnik (340€ ida e volta, a esta altura do campeonato já não há voos charter mas ainda se arranjam low cost para Drubovnik), aí teria de alugar um carro - 340€ a gama mais barata - para me fazer à estrada até Bol, na ilha de Brac. Esta viagem de 280km demora mais de 6 horas (!) a fazer. Diz o meu orientador "além disso, se você fosse sozinha eu não me sentia confortável em saber que estava a fazer viagens de carro tão longas num país estranho …". Fofinho, efectivamente! Claro que poderia voar para Split que é bem mais perto, mas as viagens rondam a módica quantia de 980€. Fora isto os hotéis em Bol nesta época do ano rondam os 100€/noite, em regime de APA, ou seja, toca a desembolsar também as refeições. Resumindo e concluindo, acho que mesmo assim vou mesmo encerrar por aqui a minha carreira académica.
23/08/2012
Apoios à ciência
É muito bonito que queiram que eu vá apresentar o meu artigo à conferência na Croácia. E que esse acto de apresentação do meu artigo na conferência me abra portas para publicações em revistas científicas de renome internacional. Já não é tão bonito que não me paguem nem viagens (avião + aluguer de carro) nem estadia. Até para se fazer um currículo académico é preciso ter pasta de antemão. Chupistas.
22/08/2012
Little Britain
De regresso da Little Britain (a.k.a. Vilamoura). Atenção, foi uma semana que me soube pela vida. A casa para onde fui (muito obrigada a quem ma emprestou) tem uma varanda excelente, com sombra e sossegada onde se está muito bem a ler, a jogar magic (um regresso!), a conversar ou simplesmente a contemplar o infinito. Conseguimos encontrar uma zona na praia da falésia com uma densidade de banhistas aceitável onde conseguíamos ter mais de 5cm de manobra a toda a volta (!), metros inclusive!, metros de manobra a toda a volta na praia da Falésia em Agosto! Claro que era a zona não vigiada, mas e depois?, para estar deitada ou sentada na toalha tanto me dá como se me deu se estou a ser vigiada ou não. Quanto aos banhos só precisava de me deslocar uns metros e pronto, vigiadíssima novamente! E nessa zona a fauna balnear era sem dúvida mais do meu agrado! Nada de último biquini/calção da moda, com um bronzeado xpto e muita horinha de ginásio em cima, penteados pensados ao pormenor e toalhas de praia de marca. Ali era gente normal, a banha de fora, a pele branca, a toalha secular e o biquini/calção que calhou e também já com alguns aninhos em cima. Para alem de ter espaço (mas quem é que precisa de espaço na praia? pensam todos os outros milhares de pessoas que estacionavam nas zonas vigiadas da praia da Falésia, afinal de contas quanto mais perto se está das outras pessoas mais as podemos observar e elas a nós que este biquini gucci comprado em Milão é para ser visto!) a vizinhança era agradável, ainda me ria a ouvir as conversas. Ajudou também o facto de termos limitado o passeio dos tristes (marina de vilamoura, nomeadamente by night) ao mínimo indispensável, ou seja, ir buscar o gelado. Aquilo parece Oxford Street em hora de ponta. Ou a Av. dos Banhos na Póvoa de Varzim, mas com menos fatos de treino, que ali a gente veste-se bem para ir passear! Portanto, conseguindo evitar aquilo que a maioria procura, foi uma semana muito bem passada. Quanto à Little Britain, bem, da última vez que vi, Vilamoura, freguesia da Quarteira, conselho de Loulé, ainda era território nacional. Mas se calhar agora é um enclave britânico e andam-me a escapar as notícias. É que está tudo em inglês! Nem sequer nas duas línguas! Só e apenas em inglês! Isto irrita-me confesso, a mim, a pessoa menos nacionalista que conheço.
14/08/2012
12/08/2012
Empregados de mesa por uma tarde
Hoje, eu e o Filósofo fomos dar uma mãozinha na Confeitaria Primar que, por vários acasos do destino, se viu curta de pessoal no dia mais movimentado da semana, o domingo. E tendo em conta que nenhum de nós tinha, alguma vez, servido às mesas a coisa até não correu mal! Consegui só entornar um café (quem já tiver servido cafés e nunca tiver entornado nenhum que atire a primeira pedra!) e O Filósofo só trocou uma vez lá qualquer coisa nos números de mesa, o que não chegou propriamente a ser um problema. Nada mau! E pelo meio ainda se treina o espanhol, o francês e o (praticamente inexistente) italiano. O inglês também, claro, mas esse fala-se já não se treina. Enfim, cinco horas a servir às mesas estou que nem posso. Ele é o pingo curto morno, o café cheio em chávena fria, a meia de leite morna e clarinha, a meia de leite escura, o carioca de café assim e o raio que os parta assado. Mas esta gente não pode tomar as coisas normais? "Olha, tens aquela cena que é assim cerveja e tequilla?" (imagine-se aqui a pronúncia lisboeta, sff). WTF? Mas a memória lá foi dando para tudo! A minha, sim, porque O Filósofo se via mais do que três pessoas numa mesa ia de caderninho! Fraco. Se bem que dou o braço a torcer que ele tem muito mais jeito que eu para o equilibrismo da loiça. Resultado: sinto as pernas pesadas, parece que corri uma maratona. Já estive esticada no sofá de perna ao alto para ver se a coisa melhora. Gostei muito da experiência mas os senhores da Primar que me perdoem, que amanhã já não volto (para servir às mesas, claro)!
11/08/2012
Inércia. Oh, que maravilha!
Quando se começa a não fazer nenhum, nem escrever se escreve. É uma espiral viciante. Vai ser bonito quando tiver de pegar na tese para a corrigir. Mas isso é para depois, que antes ainda há uma breve passagem por aqui:
04/08/2012
03/08/2012
Pequeno conselho
Se fizerem uma tese tentem não usar demasiados documentos. Fazer as referências bibliográficas é de cortar os pulsos.
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